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domingo, 19 de julho de 2009

40(0) anos da viagem à Lua

O título desta postagem é ambíguo. E de propósito. Pois o homem já viajou diversas vezes à Lua. Não, não estou louco nem sonhando. Não significa que para irmos à nossa vizinha precisamos de um foguete. Galileu Galilei foi às estrelas usando um telescópio. Podemos ir nas palavras, nos sonhos, na imaginação. Julio Verne foi o mais famoso "astronauta" da Lua. E infelizmente poucos lembram do seu feito heróico. Outros astrônomos também viajaram à Lua, pois a observaram, a trouxeram perto de nós, para nossa realidade.
Mas isso é apenas enredo, apenas introdução. Pergunto qual a vantagem de três homens terem ido a Lua. Sim pois foram uma vez ou duas, e depois nunca mais. Taxaram-na como uma pedra cheia de pedras e sem vida. Ora isso já sabiam muito antes de pensarem em uma viagem para fora do planeta. Telescópios potentes foram criados desde o início do século XX. Sabíamos já que o Sol é uma bola fogo, que Marte é um planeta vermelho sem sinais de vida e que Vênus é um planeta brilhoso, mas quente. Então para que ir à Lua?
Ora vivíamos em plena Guerra Fria. A URSS lançava um homem, Yuri Gagárin para órbita da Terra pela primeira vez. Estavam adiantados aos EUA. Este por sua vez precisava vencer uma corrida, uma corrida tecnológica e de poder. Sim porque quem chegasse primeiro seria o vencedor e poderia dominar o outro, pelo menos nesse aspecto. Então no início dos anos sessenta Kennedy decidiu lançar o homem para o espaço. Um projeto que ele imaginou e não viu, mas que custaria muito aos cofres americanos. E para depois não encontrarem nada, nem trazer nada de siginificativo cientificamente da Lua.
Mas claro! Lembremos das Grandes Navegações onde Portugal e Espanha brigavam pela posse do mar e das terras descobertas além deste. Não se importavam muito com o objetivo, mas sim com o objeto: vencer a corrida e como prêmio trazer a maior quantidade de ouro e prata e autóctones mortos nas embarcações. A Lua não possuía ouro, mas possuía a possibilidade de dar poder a quem a ela chegasse. Não tinha autóctones ou gente morando lá, mas tinhas pedras, que foram descartadas e desdenhadas, como os habitantes das Américas. Sim fomos e voltamos apenas com a certeza de que um país venceu, venceu no seu egoísmo , para si mesmo, para alimentar seu próprio ego. Outros nem de perto participaram e continuaram com seus problemas, suas crises. E o dinheiro que foi gasto nas missões e nas tentativas anteriores bem podia ser canalizado para ajuda internacional da fome, das doenças, do desemprego.
Então se não há nada na Lua para que comemorar? Festa infrutífera, pois houve uma oportunidade não aproveitada e hoje se perguntam ainda sobre os mistérios que não resolvem há quarenta anos. Precisam de outra viagem para se gastar mais em um momento de crise pra então saberem: existe vida? Existe formas de vida? Existem mais enigmas? Existe Deus? Outras missões desbravam o espaço como os primeiros descobridores e conquistadores da Era Moderna. Mas para descobrir talvez pedras, gases nocivos, e fenômenos cósmicos que nunca saberemos explicar. Ora não é questão de abortar a idéia de se descobrir o espaço, mas sim de por um objetivo final nessa idéia científica que em poderia ser melhorada. Os russos não iriam mesmo a Lua, bastavam orbitar em torno desta ou apenas um robô para descobrirem o que poderia haver lá. Foram mais sábios, mas também perderam o poder.
A Lua está lá brilhando nas nossas noites. Sempre bonita e formosa. Não considero esta nossa irmã como um monte de pedra. Apenas é um objeto no espaço com seu valor, sua função, seu mérito, e seus enigmas, como a própria Terra. Mas para querer um objeto temos de posicionar um objetivo, algo que falta aos nossos cientistas. O que fazer na Lua? Essa é a grande questão. Talvez nem vivamos para ver a descoberta dos seus segredos, mas saberemos que um dia o homem foi lá e de lá nada trouxe, apenas a imagem mal formulada de um lugar desértico e sem vida. A Lua ficou esquecida, mas tem sua beleza justamente em seus mistérios e enigmas, como o espaço sideral. Mas ela talvez não se importe muito porque está sempre de olho pra nós, nos iluminando cada noite, lua após lua...

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