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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A Crise e a Velha Europa

Muitos disseram que essa crise mundial seria a ruína dos EUA. Mas vemos que na verdade, com todos os tropeços, a economia norte americana está dando sinais de possíveis reajustes. Claro, uma economia forte não poderia de uma hora pra outra de repente parar. Mas é uma dúvida se os EUA realmente continuarão sua supremacia mundial econômica e politicamente.
Mas e o que dizer da Velha Europa? Sim, o menor continente mas um dos mais poderosos, aquele que é o berço do homem civilizado. A Europa sempre foi a razão primordial de sonhos e desejos do homem do mundo inteiro. É lá que nascem os principais cérebros pensantes, principalmente na História. No entanto este continente sofreu abalos muito fortes na área econômica abrindo caminho para sua recessão. Mas será mesmo que somente os EUA saíriam desse buraco financeiro? Oras isso seria pensar pequeno sobre a Europa. Afinal existe desde o início dos tempos e está lá até hoje. Não passa muitas vezes 15 anos sem guerra, dizimando tanto população quanto economia, nunca conseguiu sua união social e política, apesar da tentativa certa de unificar a moeda. Sempre teve diferenças de aspectos raciais e oprimiu boa parte do mundo, se enriqueceu as custas da escravidão e e da exploração dos minérios, desde os tempos romanos.
Mas isso é apenas falar da História européia. É saber o que já se sabe dos livros. Mas quando algo muito grave ocorre possibilitando o naufrágio deste continente sempre há especulações de quando deixaremos de vez o fantasma do sonho ariano. Mas tomemos um exemplo ocorrido logo após a Segunda Guerra. A Europa totalmente destruída em todos os sentidos, população passando necessidades e sem poder de abastecer e fazer girar a roda da economia. Os EUA então fortalecido pela vitória contra o eixo do mal decide ajudar os europeus a reconstruírem seus países. Em 1947 como uma continuação da doutrina Truman, nasce o Plano Marshall, ou Programa de Recuperação Européia. Por vários anos houve injeção de milhões e milhões de doláres na economia européia, onde somente os países do bloco comunista não aceitaram participar, pois Stalin via como uma ameaça ao seus sistema. Entretanto qual seria a razão para essa ajuda? Alguns historiadores dizem que seria pelo equilíbrio do sistema capitalista, pois sem todos poderem fazer girar a roda da economia de forma equilibrada, ameaçaria as economias mais fortes, como a americana. Outros dizem que alguns países europeus estariam as vias de se desestabilizarem politicamente, o que seria um risco para o capitalismo e uma oportunidade para o comunismo, o fanstama que ronda a Europa. Mas qual seria mesmo o interesse por trás da ajuda à Europa?
É lá que temos toda a História, toda base social, econômica e política mundial. É lá que temos os avanços tecnológicos mais significativos ainda hoje. É lá que as discussões sobre o futuro mundial ocorrem de forma mais livre, espontânea e objetiva. A Europa produz conhecimento, produz trabalho, produz idéias. A riqueza material, cultural, espiritual vem do continente europeu. A raça ariana naseceu lá criando o mito do homem perfeito. Tem força decisiva nas ações mundiais. Construiu muito do que hoje somos, mesmo que não seja perfeito. Não é a toa que o Plano Marshall foi dedicado a Europa. Todos precisamos da velha dama.
Creio improvável algum dia este continente desaparecer do cenário político e econômico mundial. Mesmo social. É como a galinha dos ovos de ouro principalmente dos EUA. É como um conselheiro com poder de veto ou sanção no mundo. É necessária para se governar. Enquanto a Europa tiver esse poder com todas a crises econômicas que vierem, nada fará derrubar este super continente. Passaram-se líderes, povos e culturas, mas continua fortalecendo o crescimento intelectual e econômico do globo.
Como esquecer as valiosas contribuições européia acerca dos valores para o homem? Como duvidar do poder de influência na mentalidade humana? Os filósofos, os historiadores, os cientistas. É claro que os norte americanos sabem disso, do peso influente que possui esse continente, e da ajuda que pode obter dele para continuar no poder. Para Europa não interessa mais o poder supremo, pois o continua exercendo na forma dos bastidores mundiais. Para os projetos capitalistas e objetivos políticos americanos continuaream seguiremos por muito tempo escutando e vendo que a "velha dama" mais uma vez triunfou.

idealismo ou realidade

Idealismo ou realidade? Viver sonhando com um mundo perfeito ou viver a realidade fatal e cruel? Podemos dizer sobre o comunismo, ou a tentativa de igualar os direitos e a riqueza. O controle de um na vida de cada um, sobre o que faz, o que pensa, o que almeja. Vide 1984, de George Orwell.
Tendo cada um possibilidade de ser igual, de ter o mesmo que o outro, qual motivo teria para se girar o progresso? Por que creio que a força motriz do progresso é a ambição, seja ela desmedida ou conscientizada. A partir do momento em que eu tenho tudo o que quero, o que mais posso querer? No entanto não foi o que houve na União Soviética e não é o que vemos em Cuba. Mas o cerne do comunismo é esse igualar as riquezas, e creio que também as intelectuais. Nunca fomos iguais, nunca fomos feitos pra sermos semelhantes materialmente. Cada um alacança o progresso que consegue, alguns vão mais longe, outros podem ficar pra trás, mas isso também depende do muito que você faz com o pouco ou com o pouco que você faz do muito.
Idealismo? Marx teve muito e soube investigar muito bem a nossa história econômica, creio que nenhum igual ele. No entanto quando tentamos dar um destino melhor para a humanidade esbarramos no idealismo, na tentativa inútil de forçar por leis a união dos povos e a fraternidade das pessoas. Não é com armas que se ganha uma revolução, são contínuas tentativas diárias de diálogos, coisa que nunca houve no comunismo.
Realidade? Sim o mundo tá ai pra quem quiser ver, está se desmoronando e se reconstruindo a cada dia que passa. Basta apenas a cada um a consciência da construção de um espaço baseado no diálogo. Não é ser fatalista, dizer que não há mais nada para se construir, que 2012 logo chegará trazendo o fim, mas tentar entender o que passamos, ver onde há erros e acertos, investigar, analisar e propor então através de diálogos a oportunidade de um avanço melhor.
Nem o idealista nem o fatalista tem chance no mundo, na vida. O mediador poderá ser a salvação.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

2012

Outro dia fui ao cinema assistir 2012.Observei que se trata de mais um filme castástrofe onde se usam efeitos especiais e peripécias mil para deixar estagnada a face dos espectadores. Sobre a previsão maia, o siginificado, os fatores históricos, nada se comenta ou muito pouco. Um personagem ou outro tentando dizer algo investigado muito superficialmente sobre a história dessa civilização. Lembro-me de Apocalypto, onde me chamou atenção pela possível história que iria se passar dos Maias, mas pouco realmente fidedigno que se mostrou sobre esse povo.
No entanto nas últimas semanas vendo os telejornais falarem sobre a Conferência do Clima em Copenhagen fiz algumas análises sobre se realmente o planeta Terra terá um fim como previsto pelos Maias e como outras tantas vezes (ver Idade Média ano Mil). Nosso planeta já passou por várias modificações ao longo dos milênios. Lembremo-nos do próprio homem, pouco após ter começado sua caminhada no planeta e enfrentando o período glacial no tempo dos mamutes. Lembremo-nos também dos dinossauros que sofreram uma radical mudança no seu modo de vida e habitat desaparecendo para que este mesmo homem surgisse.
Ou seja, nosso planeta passa por transformações sim, isso é comprovado cientificamente. No entanto o que se discute é o quanto o homem influi nessa transformação. É óbvio que desde a Revolução Industrial no século XIX houve um aumento acentuado de indústrias jogando no ar partículas pesadas danosas ao meio ambiente. Contudo, além da especulação de quanto é o grau de responsabilidade do homem na poluição do planeta, principalmente acentuada no anos cinquenta, pós Segunda Guerra com os baby boomer, eu observo que há um fator mais grave na destruição do planeta, que não é somente perceptível no meio ambiente: a consequente perda do nosso patrimônio histórico.
Sim, o nosso patrimônio histórico está ameaçado por essa transformação brutal que sofrerá nosso planeta, pois sabemos que a História está baseada principalmente em documentação, seja de que suporte for, e que para preservá-la há orientações técnicas rígidas e observação constante da sua salvaguarda. Pois como havia comentado em outro post anteriormente, milhares de manuscritos já foram dizimados pelo tempo, pelas guerras, pela violência, pelo preconceito e pela não observação de cuidados especiais para sua conservação. As linhas Nazca por exemplo tendem a sumir. São preservadas porque são feitas de pedra em um ambiente quente e seco que nunca ou quase nunca chove. Mas com fatores climáticos cada vez mais severos como El Niño como poderíamos preservar esse Patrimônio da Humanidade? Com constantes alagamentos de cidades, os sítios arqueológicos se degradariam exterminando qualquer vestígio de nossos antepassados. A Cidade do México por exemplo que tem sua fundação em cima de um lago e que a cada ano afunda mais devido a poluição e a ao crescimento desordenado de casas e prédios, como se comportaria ante frios intensos e calor exacerbado?
Os casarões históricos na Europa se ruiriam com constantes terremotos que assolam Itália e Grécia. Veneza, com o crescente aumento do nível do mar sumiria do mapa, como algumas ilhas do Pacífico já estão desaparecendo. As pirâmides do Egito, tumbas de reis africanos, Stonehenge, sítios arqueológicos na América Central, tudo isso desapareceria, como vemos nas cenas do filme 2012. Contudo não seria a Terra a maior responsável pelo aniquilamento de vestígios de nossa História no planeta e sim o homem que além de contribuir para a aceleração dessa transformação não se preocupa em conservar para milhares de séculos ainda nossa especial patrimônio, nossa História, nossa vida aqui na Terra. Porque haverá sim transformação, é inevitável, mas há meios de salvaguardar nossos documentos mais preciosos, como de certa forma mostrou o filme em alguns momentos.
Após nosso planeta Terra mudar e começar tudo outra vez(não sei como começaremos, nem como seremos) de onde partiremos? Não teríamos uma base histórica sólida para pensar no futuro, não teríamos onde nos apoiar intelectualmente e documentalmente para prosseguir. Talvez seja realmente esse nosso futuro, começar a contar do ano zero novamente. E quem sabe com o constante desleixo do homem para com seu patrimônio, tudo isso realmente se resolva e mude daqui 3 anos. Esperemos até dezembro de 2012.