Foi autorizado a retirada de placas de advertência de radares nas estradas e nas cidades a partir desse ano. Interessante notar que isso ocorre próximo ao ano eleitoral, onde a chamada industria da multa consegue viabilizar algum financiamento principalmente para campanhas regionais.
Por que retirar as placas de aviso nas estradas? Para colocar radares camuflados atrás de placas enormes de limites de velocidade? Aliás, QUANDO existem essas placas, pois sabemos que no Brasil existir estrada já é uma comemoração, imagina existir uma estrada em ótimas condições e placas em locais visíveis junto a acostamentos decentes.
Seria importante também que revissem a engenharia de rodagem dessas rodovias. Afinal estradas construídas quando o Fusca era o único automóvel que rodava no mato devem no mínimo estarem obsoletas. Como todo tipo de meio transporte no Brasil, construídos há 30 anos atrás (mínimo). Não existem condições de se rodar em algo há 80 ou 100 km/h onde só se observa mato, árvores esparsas e um caminho sem fim. Ou então entre cidades grandes, vazios, cidades grandes, vazios. Existem pessoas trabalhando nas estradas (grande parte pela incompetência histórica do governo em não investir em transportes eficientes, rápidos e limpos) que necessitam chegar com horário. Caminhoneiros tem compromissos com suas empresas e mesmo ainda andando mais rápido necessitam tomar rebite para conseguir cruzar o país.
Mesmo privatizadas, estradas não são redesenhadas para suportar o trânsito pesado que circula todos os dias no país. Falta sinalização adequada. Faltam policiais rodoviários para fiscalizar todos os milhares de quilômetros e dar suporte aos motoristas que tenham problemas.
O que essa lei vai causar é mais sonolência por parte de motoristas que pegam estradas longas com suas famílias para praia. Morte de caminhoneiros e mortes provocadas por estes quando abusam das horas de rodovia ao longo do dia. E mesma imprudência de quem abusa da velocidade em seus carros importados e caros, pois mesmo uma multa alta não alcançará os milhões na conta destes indivíduos. O governo primeiro deve oferecer a escola pronta e equipada para depois cobrar notas e atividades de seus alunos.